APLICAÇÃO DE FÔRMA PLÁSTICA EM LAJE MACIÇA MELHORA PRODUTIVIDADE DA OBRA EM ATÉ 79,5%
Atex Brasil | YEES INCORPORADORA E CONSTRUTORA LTDA
Publicado em 22 de março de 2023
O JR Campolim II é um empreendimento residencial de duas torres localizado no bairro Campolim de Sorocaba, SP. Com uma área construída de 17.089,26 m² e com 38 andares, totaliza 228 unidades habitacionais. Possui 3 plantas tipo, com 60m³, 61m³ e 63m³. Conta com uma área de lazer com espaço pet, piscina, salão de festa, playground e muitas outras coisas. As torres dispõem de dois elevadores cada, opção de duas varandas e escolha da cor do piso laminado.
Solução técnica implementada
Desafio da obra
Na execução de estruturas, a empresa utilizava o compensado na concretagem da laje. O alto número de resíduos gerados (por se tratar de um material que não possibilita mais do que 5 vezes de reutilização) e desconforto para quem realizava esse trabalho (devido ao barulho que causava ao montar e desmontar e o peso de levar o material), motivou a busca por soluções para sua substituição. No início do empreendimento, já se esperava introduzir a fôrma de plástico no processo construtivo, buscando, além de ganhos na sustentabilidade, melhorar a produtividade e eficiência.
Processo de desenvolvimento da solução junto com os parceiros envolvidos
A empresa estava procurando por uma solução sustentável e de rápida implantação e, por isso, realizou estudos sobre a possibilidade e viabilidade da utilização das fôrmas de plástico. Na busca, encontramos o contato com a Atex, que nos apresentou as fôrmas de plástico e seus benefícios, que são, dentre outros: a redução do peso, eliminação da madeira, facilidade no transporte e armazenamento, maior resistência à umidade e menor tempo de desmoldagem, podendo ser reutilizada mais de 150 vezes, além de serem totalmente recicláveis. Após o estudo sobre os benefícios, a engenheira da obra fez um comparativo de custo entre o uso de compensado e a fôrma de plástico antes do início das atividades da obra, utilizando os dados da própria obra e, ao ser aprovado pelo seu custo-benefício, foi implantado.
O processo
A fôrma de plástico já vem pronta de fábrica e, por ser um material resistente e durável, tem-se uma facilidade de transporte e armazenamento. Por se tratar da primeira obra utilizando desse método, não se tem os dados para comparar o uso e não uso do material, além daqueles obtidos em pesquisa. Mas, quanto à agilidade no processo já é possível mensurar os ganhos, pois os gastos com mão de obra específica são menores. Outro ponto é que, devido a extrema facilidade com sua montagem e reutilização, a instalação da fôrma não interfere nos serviços já concluídos (como a alvenaria), evitando gastos com replanejamento e insumos. O cuidado e zelo com este material deve ser um ponto importante a ser tratado, possibilitando a reutilização em diversas concretagens. Para medir a produtividade foram feitas comparações entre dois empreendimentos semelhantes, um com a fôrma plástica e outro com a fôrma tradicional de madeira. Para isso, analisamos o desenvolvimento das atividades das lajes pelo cronograma nos dois casos.
Principais resultados obtidos
Ganhos de produtividade
Com o uso da fôrma de plástico é possível acelerar a montagem da laje de 91,75 m2 por dia com dois homens para 449,04 m2 por dia com a mesma mão de obra. Como o material é leve, a montagem pode ser feita por qualquer empreiteiro da obra, não necessitando de um carpinteiro como no método convencional. Outro ponto é a redução de retrabalho, já que a fôrma de plástico não danifica a estrutura rente a fôrma, resultando em uma superfície uniforme. Portanto, com seu uso, a empresa ganha 79,5% de produtividade para montagem.
Ganhos financeiros
Além da redução do retrabalho que resulta na redução de custo, a fôrma de plástico é durável, permitindo sua reutilização em mais de 150 vezes, o que o compensado não permitia. Em um comparativo de custos entre os dois materiais, foi possível chegar a uma economia de R$ 52.069,94 reais em apenas uma torre. Outros materiais são impactados, como pregos e desmoldantes, levando a redução dos mesmos. A diminuição de custo de mão de obra também acaba sendo significativa, pois é possivel treinar qualquer colaborador para a execução.
Redução do prazo do subsistema em que a solução foi implementada
Devido a fácil montagem e desmontagem, a etapa de concretagem de lajes foi reduzida em nosso cronograma em 5 dias. Acreditamos que, com o passar do tempo, será possível obter números mais significativos de redução de prazos.
Redução do prazo total da obra
Por ser a primeira obra que está sendo implantada, não foi possível obter os dados necessários para definir a redução do prazo total da obra. Porém, acredita-se que não trará uma redução significativa no total da obra, pois acaba por influenciar somente na montagem da laje.
Impacto/Redução da mão de obra
Por não necessitar de uma mão de obra especializada para a montagem da fôrma de plástico, houve uma redução de carpinteiros no canteiro, tendo-se uma estimativa de 1 carpinteiro oficial e 2 ajudantes, possibilitando que outras equipes absorvessem este novo processo.
Outros benefícios gerados pela implantação
O reuso das formas plásticas diminui consideravelmente a geração de resíduos de madeiras, pregos e desmoldantes. Com isso, a redução do uso de caçambas para descarte destes materiais nesta obra fica nítido ao se comparar a quantidade com a metragem, sendo reduzidas 8 caçambas de madeira. Além do mais, há a diminuição do corte de árvores e de geração de resíduos de descarte, sendo um sistema mais sustentável que o convencional, utilizando-se compensado.
Benefícios qualitativos observados
Com o uso da fôrma de plástico, obtivemos aumento da qualidade do serviço, por ser um material mais resistente e de fácil montagem, deixando um acabamento visual ainda melhor comparado ao compensado. Notamos melhora também na condição de trabalho, pois se trata de um material mais leve, reduzindo o esforço, e o impacto auditivo dos trabalhadores.
Cuidados necessários para reproduzir esta experiência em outras obras
Como qualquer outra etapa do canteiro de obras, por se tratar de um material fácil de se trabalhar, o cuidado maior que a obra precisou se atentar foi com um maior controle das chavetas que são utilizadas para a sua fixação. Estas peças devem estar limpas e organizadas para facilitar as próximas montagens.
Sugestão para melhorar ainda mais a produtividade
Como projeto estrutural foi desenvolvido para execução no método convencional, vimos que com o uso da fôrma de plástico o projeto estrutural deverá prever um desnível maior entre as áreas secas e úmidas.
Ficha Técnica do Case
Nome do Profissional:
Sabrina Moleri
Cargo:
Analista de Qualidade
Departamento:
Gestão de Qualidade
E-mail:
sabrina.moleri@yeesinc.com.br
Celular:
(15) 99748-2033
Natureza da atividade
Construtora / incorporadora
Tipo de obra
Edificação: Residencial
Estado: SP | Cidade: Sorocaba
Ano de início: 2021 | Ano de conclusão: 2023
Parceiros envolvidos
Nome das empresas:
Atex Brasil | YEES Incorporadora e Construtora
Nomes e cargos dos profissionais envolvidos na experiência:
- Julia Franchin, Engenheira Residente
-Vanessa Moreira, Coordenadora de Suprimentos
-Roselaine Alaminos, Diretoria
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