CASE BP8: Inovação na organização do trabalho para redução de prazo na alvenaria estrutural

Os desafios a enfrentar para viabilizar a meta de redução do ciclo foram: organização de execução dos serviços com aprimoramento da logística de canteiro e transporte interno dos insumos; fornecimento em tempo hábil dos fornecedores envolvidos; atendimento dos critérios normativos e técnicos; e equipe de execução qualificada e de alta produção. Atualmente 5 torres já estão executadas, com 100% de sucesso na comparação do planejado x realizados, com ganhos extremamente impactantes no sistema de alvenaria estrutural, que é um dos mais utilizados no Brasil.

A Bp8, com o objetivo de inovar na organização do trabalho de elevação da alvenaria estrutural, atendendo aos critérios normativos e de qualidade na execução, criou um planejamento inovador para a redução de prazos junto com a Produtime, onde foi elaborado o plano tático considerando o dimensionamento de equipamentos de transportes para nova organização da obra, sequenciamento executivo do canteiro e dimensionamento de recursos. Em paralelo o projetista de estruturas RMMAIS levou em consideração o prazo reduzido definido, e trabalhou-se com a qualificação dos materiais a serem utilizados e dos respectivos fornecedores. O departamento de Suprimentos, junto aos fornecedores qualificados tendo em consideração os insumos necessários para execução, alinhou a parte de prazos e logística de entrega para manter o abastecimento, dada a demanda aumentada a cada momento devido à redução de prazos do ciclo do pavimento de alvenaria estrutural de 33% pretendido.

Produtividade foi calculada utilizando o conceito de RUP (razão unitária de produção), considerando as horas totais trabalhadas dos pedreiros ao longo de 6 meses divididas pela área de alvenaria assentada. A RUP atual foi comparada com a RUP histórica da BP8 e mostrou melhora significativa na produtividade. Além da produtividade dos serviços, a melhoria da produtividade também é confirmada pelo acompanhamento do cronograma da obra, que comprova a redução do prazo nos serviços.

Com isso obtínhamos um prazo de execução 33% superior no ciclo de alvenaria estrutural, juntamente com de custo de insumos que são utilizados para execução da alvenaria mais elevados, podendo-se citar como exemplo: 1) aluguel adicional da grua; 2) escoramento; 3) atraso de todos os serviços subsequentes; 4) aumento de custos da mão de obra operacional e administrativa; 5)aumento de custos indireto

Redução de 33% do prazo de execução da alvenaria estrutural. A RUP atual da obra é de 0,33 H.h/m² de pedreiro na elevação da alvenaria estrutural gerando um ciclo de 4 dias (alvenaria estrutural+laje). A produtividade anterior era de 0,49 H.h/m².

O ganho da produtividade trouxe uma redução de 6,45% nos custos indiretos, redução de 33% nos custos fixos diretos relacionados a mão de obra e ganho de retorno real do investimento em 0,73% do custo total da obra (considerando taxa de 6,25 ao ano).

Impacto na redução de custo global de R$ 3.062.047,92 (custo indireto, direto e retorno do investimento) e redução total do prazo da obra em 2 meses. Redução no prazo de 2 meses na execução da obra, acarretando os itens mencionados anteriormente e uma economia total na obra Pin Guarulhos de R$ 3.062.047,92.

Assertividade no fluxo de caixa; planejamento mais assertivo com ciclo determinado; planejamento e logística do canteiro com diminuição de geração de resíduos; diminuição do esforço do colaborador com utilização de equipamentos automatizados; Diminuição nos acidentes e qualificação dos colaboradores

Melhora expressiva da RUP, diminuição do prazo de obra e com isso menos transtorno para região local, aumento no ganho dos colaboradores devido a realizarem mais m² em menor tempo.

A solução pode ser aplicada em obras de edifícios com o sistema construtivo em alvenaria estrutural. Cuidados necessários: 1) Planejamento executivo; 2) Planejamento tático (canteiro, logística e transporte); 3) Dimensionamento de equipamentos; 4) Controle e conferência rígida na execução das etapas; 5) Qualificação da equipe e mão de obra especializada; 6) Mão de obra própria ou uso de subempreiteiro que tenha visão de parceria; 7) Qualificação dos materiais e fornecedores; 8) Controle tecnológico dos materiais e sistema construtivo.

1) Melhoria na modulação para diminuição de blocos especiais; 2) Automatização na distribuição dos materiais no pavimento, tanto argamassa como blocos;